Sabe quando o presente e o futuro se misturam? É lá que você pode encontrar Vinícius no esporte paralímpico. Vini é uma das maiores apostas do Brasil para os Jogos Paralímpicos de Los Angeles 2028, quando sua categoria vai estrear nos Jogos. Mas já é, apesar de ter apenas 17 anos, um dos maiores nomes da sua prova no mundo.

Devido a uma anóxia no parto e uma consequente paralisia cerebral, Vinicius cresceu com dificuldade de equilíbrio, na fala e na coordenação motora fina. Mas nada disso foi capaz de segurar o menino ativo e apaixonado por esportes. Primeiro tentou ser goleiro de futebol, convenceu os pais, que mesmo preocupados fizeram a sua matrícula numa escolinha de futebol. Depois foi no Judô que aprendeu a controlar a força e a cair sem se machucar.

Mas foi no atletismo que se encontrou e viu a possibilidade de ter uma carreira ao ser apresentado à classe Frame Running pelo seu treinador Henrique Gavini. A classe Frame Running, também conhecida como Petra, é um tipo de triciclo que permite que atletas com dificuldade de locomoção possam correr pela pista de atletismo em alta velocidade. Apesar da descrição quase infantil, as provas de Petra tem se tornado um grande espetáculo, pela emoção e alta velocidade alcançada por atletas que andam com dificuldade. Talvez seja a prova mais radical do atletismo paralímpico na atualidade.

Em pouco tempo, Vinicius se desenvolveu na classe, melhorando seu tempo a cada treino. E em pouco tempo, veio a primeira convocação para representar o Brasil no Campeonato Mundial de Atletismo Paralímpico, em Paris 2023. Com apenas 16 anos, Vini se tornou o mais jovem medalhista do Brasil na competição, conquistando a medalha de bronze. 

E Vini não para. Convocado novamente, vai representar o Brasil no Campeonato Mundial de Atletismo Paralímpico em Kobe, em maio no Japão, desta vez como favorito. E já volta de lá com os olhos no seu maior objetivo, a medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Los Angeles em 2028.